Marcelo Rebelo de Sousa classificou de “impressionante” a representação portuguesa na 76.ª edição da Feira do Livro de Madrid, com Portugal como país convidado, que inaugurou hoje ao lado dos reis de Espanha, Felipe VI e Letizia.
“É uma feira muito impressionante porque é enorme e porque Portugal está muito bem representado”, disse o Presidente português, no final da visita com os reis espanhóis, que marcou a inauguração oficial do certame que encerra a 11 de junho, no conhecido Parque do Retiro, perto do centro de Madrid.
A programação portuguesa na feira inclui uma extensa lista de eventos e a deslocação de cerca de 60 escritores a Madrid.
“Tudo o que há de melhor na literatura portuguesa contemporânea vem a Madrid durante 17 dias, numa iniciativa extraordinária da embaixada de Portugal” em Madrid, explicou Marcelo Rebelo de Sousa.
A oportunidade dada para Portugal estar em lugar de destaque na Feira do Livro de Madrid é vista como um momento único para dar a conhecer autores portugueses e encorajar as traduções para a língua espanhola.
O Presidente da República realçou que a feira deste ano irá representar “um momento único para os madrilenos e os espanhóis conhecerem a literatura portuguesa”, acrescentando que o país, neste setor, “tem muitos Ronaldos, muitos, muitos Ronaldos”.
A indústria livreira espanhola é a quarta do mundo, colocando o país depois dos Estados Unidos, do Reino Unido e de França. É também a terceira que mais exporta, depois dos Estados Unidos e do Reino Unido.
Em resposta a uma jornalista espanhola, Marcelo Rebelo de Sousa confidenciou que “não é a primeira vez” que visita a Feira do Livro de Madrid”, que considera ser “a melhor” de todas.
Depois de acabar a visita ao certame, o Presidente da República foi para o Palácio da Zarzuela, residência oficial dos reis de Espanha, com quem almoçou.
Da parte da tarde, na Biblioteca Nacional de Espanha, o Presidente da República e os ministros da Cultura de Portugal e de Espanha entregam, à presidente da Fundação José Saramago, Pilar del Rio, o prémio luso-espanhol de Arte e Cultura 2016.
Por outro lado, mais ao fim do dia, o filósofo, ensaísta, professor e intelectual português Eduardo Lourenço será responsável pela abertura do programa de atividades da feira, com uma conferência na sessão inaugural.
Ainda esta tarde, haverá, entre outros eventos, uma sessão de apresentação do livro “Húmus”, de Raul Brandão, com a participação dos escritores e professores universitários Nuno Júdice e Maria João Reynaud, e a presença do ministro da Cultura, Luís Filipe de Castro Mendes, e do presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, no Pavilhão de Portugal.
Segundo dados fornecidos pelos organizadores da feira, este ano haverá ao todo 367 bancas com 488 expositores, repartidos por 24 organismos oficiais, 24 distribuidores, 63 livrarias especializadas, 53 livrarias de âmbito geral e 324 editores.