O número de portugueses que emigrou para o Reino Unido para trabalhar caiu oito por cento entre março de 2016 e março de 2017, segundo dados estatísticos oficiais britânicos divulgados esta quinta-feira.
Naquele período de 12 meses, pediram um número de Segurança Social no Reino Unido, 28.776 portugueses, menos 2.434 do que no período homólogo anterior, indicam números divulgados pelo ministério do Trabalho e Pensões britânico.
Esta informação reforça a tendência registada durante o ano de 2016, quando fizeram o registo na Segurança Social britânica, obrigatório para quem quer trabalhar no país, 30.543 portugueses, menos cinco por cento do que em 2015, ano em que as inscrições contaram com 32.301 portugueses.
Segundo o documento, que detalha por nacionalidades as inscrições na Segurança Social britânica por nacionalidade, entre março de 2015 e março de 2016 registaram-se 31.210 portugueses, entre março de 2014 e março de 2015 foram 33.407 portugueses, março de 2013 e março de 2014 27.291 portugueses e março de 2012 e março de 2013 24.5552 portugueses.
No geral, houve uma quebra de cinco por cento de inscrições de estrangeiros na Segurança Social britânica nos 12 meses entre março de 2016 e 2017, com destaque para os nacionais da União Europeia, cujo registo reduziu cinco por cento.
O gabinete de estatísticas nacionais indicou hoje que não só há menos europeus a imigrar para o Reino Unido, como há muitos a deixar o país.
A diferença entre número de imigrantes (588.000) e emigrantes (339.000) reduziu-se para 248.000 em 2016, menos 84.000 do que no ano anterior.
"A alteração da migração líquida foi impulsionada por um aumento estatisticamente significativo da emigração para cima 40.000 de 2015, principalmente cidadãos da UE (117.000, mais do que os 31.000 de 2015) e uma diminuição de 43.000 na imigração", referiu.
Este relatório inclui dados parciais dos fluxos migratórios após o referendo de junho de 2016, em que 52% dos eleitores votou a saída do Reino Unido da União Europeia, mas o relatório de novembro deverá já incluir dados completos para os 12 meses após o referendo.