O deputado madeirense na Assembleia da República, Paulo Neves, quer que Portugal se bata por uma “solução europeia” para a situação gravíssima na Venezuela, com muitos emigrantes a passarem por dramas já de cariz humanitário.

Paulo Neves

Em declarações ao JM o deputado revelou ter proposto ao seu partido uma audição a vários representantes da comunidade luso-venezuelana – recorrendo às facilidades das tecnologias – como forma de dar sustentação à exigência de “uma solução consequente” para o problema por que passam milhares de emigrantes, na Venezuela, a maioria dos quais oriundos da Madeira.
Paulo Neves foi mandatado para, em sede de comissão parlamentar na próxima terça-feira, avançar com a proposta do PSD para uma “solução comunitária”, envolvendo Portugal e outros países como Itália e Espanha. “Temos de ser consequentes”, justifica o deputado madeirense. “Não podemos ficar-nos pelos abraços e pelos remédios, é preciso encontrar uma solução para as nossas gentes que querem sair da Venezuela. Basta de assobiar para o lado. Portugal deve propor junto da União Europeia um plano a 3 anos que abarque também a inserção dos emigrantes que retornarem a Portugal, Espanha ou Itália.
O deputado social democrata estabelece uma comparação com o acolhimento que a Alemanha conseguiu dar a cidadão sírios. “No caso da Venezuela, sem se trata de estrangeiros. São cidadãos europeus, sobretudo portugueses, espanhóis e italianos que são tão europeus como nós, que devem ser recebidos de braços abertos”.
Neste retorno de emigrantes, Paulo Neves não vislumbra nenhum tipo de “ameaça”, mas sim uma “oportunidade”, atendendo ao espírito empreendedor dos emigrantes. “Não conheço ninguém mais empreendedor do que os nossos emigrantes. É por isso que é escandaloso continuarmos a assistir a alguns obstáculos ridículos, como acontece com os currículos de médicos que não podem exercer quando os nossos serviços de saúde precisam destes profissionais.

In JM - versão impressa