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O Governo da Madeira considera que a “reconfiguração” do programa da Festa do Vinho, que representou um investimento de 275 mil euros, é “uma aposta ganha” que vai continuar a ser desenvolvida.

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A edição deste ano começou a 28 de agosto e termina no domingo.

“Este ano fizemos uma nova reconfiguração da Festa do Vinho. Estendemos por duas semanas e melhorámos quer a oferta da animação, quer os cortejos, e tem corrido muito bem”, disse o presidente do executivo madeirense, Miguel Albuquerque, que se deslocou à freguesia do Estreito, no concelho de Câmara de Lobos, para a tradicional apanha e pisa ao vivo das uvas, além do cortejo alegórico.

O governante salientou que o programa que decorre nesta freguesia é “uma festa muito particular, porque tem uma grande afluência de locais, turistas” e muitos emigrantes que enchem por completo o centro desta localidade na zona oeste da ilha da Madeira.

“Tem corrido muito bem. Tivemos um grande sucesso no Funchal, quer na Praça do Povo [marginal da cidade], quer a nova moldura em termos logísticos na avenida Arriaga”, sublinhou Miguel Albuquerque.

O responsável adiantou que é preciso fazer “algumas ratificações mesmo no desfile histórico etnográfico” e assegurou que a aposta é “continuar a melhorar este cartaz”.

O secretário regional da Economia, Turismo e Cultura, Eduardo Jesus, também referiu que este programa, que se desenvolvia anteriormente apenas durante uma semana, foi “uma aposta ganha”, incluindo também pela primeira vez um cortejo histórico e alegórico no Funchal.

Por seu turno, o responsável pela pasta da Agricultura e Pescas do executivo da Madeira, Humberto Vasconcelos, mencionou que este é um ano de “boa produção a nível da qualidade”, mas que vai registar uma quebra de 10% a 15% na quantidade, situando-se nas cerca de 4.200 toneladas.

“É natural, a seguir a um ano de grande quantidade, que no seguinte haja adaptação das próprias parreiras e haja menos quantidade”, explicou o governante, assegurando que o objetivo é “garantir ao agricultor o escoamento”.

“Vamos tentar que o setor adquira toda a quantidade, com preços diferentes, o que é normal. Não podemos intervir no mercado, fazendo concorrência com o setor, o que queremos é que o agricultor não perca a sua produção e isso está a ser feito”, afirmou.

As unidades hoteleiras da ilha registam neste período da Festa do Vinho, segundo os dados do Governo Regional, uma ocupação de 89%, considerada pelo secretário do Turismo "a melhor dos últimos cinco anos”.

A festa representa um investimento de 275 mil euros do Governo Regional e envolve mais de 1.500 pessoas na organização.
A comercialização do Vinho Madeira no primeiro semestre de 2016, segundo dados do Instituto do Vinho e do Bordado da Madeira, atingiu os 8,3 milhões de euros, mais 8% do que em igual período de 2015.

 

in Jornal da Madeira