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Líder do Governo madeirense diz que os números do primeiro semestre são "irrefutáveis" e demonstram a "estagnação do crescimento económico, diminuição abrupta do investimento, quebra das exportações, aumento do desemprego".

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O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, considerou esta sexta-feira que Portugal não conseguiu "virar a página da austeridade" e a situação está a "complicar-se", não podendo o Executivo nacional "tapar o sol com a peneira".

"A nível nacional, é indiscutível que a situação está a complicar-se e que a generalidade dos portugueses já compreendeu que a alegada 'viragem da página da austeridade' não aconteceu, nem vai acontecer", disse o governante madeirense no início do debate na Assembleia Legislativa da Madeira (ALM) sobre o 'Estado da Região'.

Albuquerque sublinhou que "não vale a pena o Governo Nacional tapar o sol com uma peneira", apontando que "os números são irrefutáveis" no primeiro semestre deste ano, demonstram a "estagnação do crescimento económico, diminuição abrupta do investimento, quebra das exportações, aumento do desemprego, crescimento do clima de desconfiança dos mercados e dos parceiros europeus relativamente à trajectória do país".

O chefe do executivo regional salientou, por outro lado, que a Madeira "recuperou a credibilidade juntos das instituições, dos cidadãos e dos mercados" e prossegue "um processo de recuperação económica e social", sublinhando que a retoma é um sinal positivo, embora admitindo que "subsistem problemas sociais" que merecem atenção da governação regional.

Albuquerque enunciou as medidas que o executivo madeirense tomou desde que tomou posse a 20 de Abril de 2015 nas diferentes áreas, como a construção do novo hospital, que representa um investimento de 340 milhões de euros, cuja candidatura a projecto de interesse comum já foi entregue ao Governo da República, o subsídio de mobilidade nos transportes aéreos e os resultados obtidos no sector do turismo.

O governante também rejeitou as críticas dos deputados da oposição madeirense por continuarem a "afirmar aos sete ventos que não houve desagravamento fiscal na Madeira, da mesma forma que poderiam dizer que a terra é plana e que o sol gira ao seu redor".

O líder insular ainda censurou "a recente tentativa do BE na Assembleia da República para destruir a competitividade e os empregos do Centro Internacional de Negócios [da Madeira]".

O debate sobre o 'Estado da Região' começou com o parlamento madeirense a observar um minuto de silêncio pelas vítimas do atentado de quinta-feira à noite, em Nice, na Promenade des Anglais, quando decorria um fogo-de-artifício para celebrar o Dia de França.

O último balanço aponta para 84 mortos e uma centena de feridos, 18 dos quais continuam em estado considerado crítico.

in Jornal de Negócios