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O Diretor Regional das Comunidades e Cooperação Externa, Rui Abreu, manifestou esta quarta-feira a preocupação do Governo Regional da Madeira, face ao recente encerramento do escritório do Millennium BCP em Caracas.

GR preocupado com encerramento M BCP CARACAS

 


Um sentimento, transmitido à diretora-geral do Millennium BCP, Ana Torres, e ao diretor para as Regiões Autónomas, Carlos Real, durante uma reunião mantida por videoconferência.
O governante começou por lembrar que na Venezuela reside uma das maiores comunidades da Diáspora Madeirense, com cerca de meio milhão de emigrantes, e como tal têm uma grande representatividade não só em números absolutos, mas também em termos económicos, já que grande parte são empresários.
“Temos recebido muitas solicitações e telefonemas de emigrantes madeirenses na Venezuela preocupados com o encerramento do escritório do Millennium BCP de Caracas. Os nossos concidadãos sentem-se como que abandonados”, explicou Rui Abreu aos diretores desta instituição bancária.
“Os emigrantes acham, também, que já ajudaram a banca portuguesa e o próprio país, com as remessas financeiras e os investimentos em Portugal. Agora, são eles que precisam de ajuda e de consideração”.

Escritório do Millennium fechado fisicamente há 1 ano
Ana Torres, transmitiu ao diretor regional das Comunidades, que o escritório do Millennium BCP já está fechado fisicamente há cerca de um ano, por vários motivos.
Para além do tema da pandemia, as restrições vividas hoje na Venezuela condicionaram o normal funcionamento do escritório de representação no país, referiu, mas o banco encontrou soluções para manter o acompanhamento dos seus clientes, garantiu a responsável pela instituição bancária. “Existem várias razões que conduziram ao encerramento do nosso escritório em Caracas” desde as diversas condicionantes existentes a nível local, nomeadamente em termos de mobilidade dos próprios clientes, a temas regulamentares locais.
Linha Millennium BCP exclusiva entre Venezuela e Portugal
“Preocupado” em apoiar os clientes, o banco criou uma linha telefónica da Venezuela que está reencaminhada diretamente para Portugal, facilitando assim o contacto com o Banco, adiantou Ana Torres durante a reunião. Nesta fase o Banco mantém inclusivamente na Venezuela dois colaboradores que garantem o atendimento dessa linha dedicada e prioritária para os clientes da Venezuela”, informou Ana Torres ao diretor regional das Comunidades, que quis saber como estavam a ser acompanhados os milhares de madeirenses que são clientes daquele banco.
Só nas primeiras duas semanas, contabilizou Ana Torres, foram recebidas mais de 200 chamadas telefónicas. Esta, diz o banco, é, neste momento a solução encontrada. Se, entretanto, as circunstâncias se vierem a alterar, o que seria um ótimo sinal para a nossa comunidade, para o país e para o próprio Banco, esta questão poderá ser sempre reanalisada.