Imprimir

O primeiro-ministro pediu na segunda-feira aos cônsules honorários de Portugal espalhados pelo mundo para que tenham como acção prioritária

a captação de investimento, a internacionalização da economia e da ciência portuguesa e a difusão da língua portuguesa.

GovernoPortuguesQuerConsules

Estas prioridades foram apresentadas por António Costa no discurso que proferiu na sessão de abertura do Seminário de Cônsules Honorários na Fundação Oriente, em Lisboa.

António Costa começou por apontar que naquele seminário participaram “mais de cem titulares de consulados honorários, entre empresários, académicos, advogados e outros profissionais liberais”.

Ora, de acordo com o líder do executivo, “estes números atestam bem a enorme riqueza desta rede honorária assente numa imensa diversidade de origens, de qualificações e de competências”.

Na sua intervenção, o primeiro-ministro definiu três prioridades ao nível da acção diplomática dos cônsules honorários da rede portuguesa, sendo a primeira a referente ao “investimento, empreendedorismo e internacionalização com base na diáspora”.

“No empreendedorismo da diáspora encontramos um importante difusor da nossa cultura, da nossa língua, e da nossa economia. O Governo tem desenvolvido acções de apoio ao empreendedorismo das nossas comunidades e ao seu potencial enquanto origem e destino de negócios e de investimento. Temos, ainda, promovido, através de iniciativas direccionadas para a diáspora desenvolvidas por uma rede que liga entidades nacionais, regionais e locais, o investimento de emigrantes e lusodescendentes em Portugal em sectores prioritários como o turismo, o comércio, a indústria, a cultura, sem esquecer as áreas social e da saúde”, afirmou.

No que respeita à promissão da língua portuguesa, o primeiro-ministro considerou essencial a promoção do “intercâmbio entre Portugal e as comunidades no domínio das artes e da cultura, seja apoiando ou organizando iniciativas e eventos, seja ajudando ao reconhecimento e à

valorização dos artistas e autores portugueses e luso-descendentes”.

No plano da ciência, o primeiro-ministro defendeu que o país não poderá vencer o desafio da globalização “sem uma maior inserção nas redes internacionais de conhecimento”. “Temos, por isso, que continuar a promover e a apoiar a mobilidade dos nossos estudantes, cientistas e investigadores, ao mesmo tempo que valorizamos as nossas universidades e os nossos centros de investigação junto das comunidades científicas estrangeiras”, acrescentou.

In «O Século de Joanesburgo»