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A Associação Movimento Madeira-Autonomia fez saber que enviou esta tarde ao presidente da Catalunha uma mensagem a expressar a sua solidariedade ao povo catalão, desejando que todos os processos de democracia sejam exercidos sem qualquer pressão e de livre vontade.

 

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Na missiva, Eduardo Freitas sublinhou a posição do MMA na defesa do direito dos povos a decidir, recordando a luta dos portugueses que “já o fizeram há muitos séculos em respeito pela democracia, pela autonomia e autodeterminação dos povos, das nações e das regiões autónomas”.

Face aos confrontos que ao longo do dia de hoje têm marcado o referendo à independência da Catalunha e que já terão resultado em quase 500 feridos, Eduardo Freitas defende que a repressão, seja qual for a sua forma e feitio, é inadmissível e um atentado à democracia.

Europa em silêncio

Entretanto, multiplicam-se nas redes sociais fotos e vídeos dos momentos tensos em resultado das cargas policiais sobre os eleitores que teimam em não arredar pé das escolas e a defender as urnas de voto, em Barcelona.
As imagens dão conta de cenas de força policial (balas de borracha e bastões) e de feridos, entre mulheres e idosos, situação que já mereceu críticas de responsáveis políticos contra a atuação do governo de Rajoy. Por enquanto, não há reações oficiais das instâncias europeias.

Guy Verhofstadt é, para já, a primeira voz. O político belga divulgou um comunicado onde condenou a situação na Catalunha, sendo a primeira declaração sobre o assunto a partir da União Europeia.

Verhofstadt, condena não só o referendo “que foi proibido pelo Tribunal Constitucional”, e que é realizado apesar de “60% dos catalães” serem contra a separação, mas também “a utilização desproporcionada de violência”.

“Na União Europeia tentamos encontrar soluções através do diálogo político e com respeito pela ordem constitucional”, continua o belga.

“É tempo para travar a escalada. Apenas uma solução negociada em que todos os partidos políticos, incluindo a oposição no parlamento catalão, estejam envolvidos e com respeito pela ordem constitucional e legal do país, é o caminho a seguir”.
Em respostas às acusações de força excessiva, o Ministério Interior espanhol acaba de publicar na sua página do Twitter um vídeo onde denuncia a agressão a polícias da guarda civil, no exercício do dever, em Sant Joan de Vilatorrada.

In «Funchal Notícias»