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Sérgio Marques enumera os principais anseios da Comunidade que permanece radicada na Venezuela e aborda, de modo frontal, as diversas problemáticas que se colocam com o regresso massivo de luso-venezuelanos.

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Em entrevista à RJM, publicada hoje na edição impressa do JM e com transmissão hoje Às 13 h15 nesta rádio e nas rádios Calheta e Santana FM, o secretário regional dos Assuntos Parlamentares e Europeus faz um balanço da visita que efetuou, na passada semana, à Venezuela:
«Para que serviu a visita à Venezuela?
​Foi uma visita bastante oportuna, precisamente tendo em conta a situação crítica em que vive o país. Quisemos expressar um sinal claro de solidariedade à nossa Comunidade e dizer-lhe que não a abandonamos.
Foi complicado deslocar-se dentro do país, face à insegurança?
​Nós andámos acompanhados pelo pessoal da Embaixada Portuguesa em Caracas. O próprio embaixador acompanhou-nos em algumas situações. Também tivemos acompanhamento por parte dos cônsules e dos funcionários dos Consulados em Caracas e Valência. Por razões de segurança, evitamos as zonas mais críticas, onde as manifestações se estão a desenrolar, e circulámos com relativa facilidade entre Caracas e Valência, Maracay. Mas há uma notória tensão nas ruas.
Os consulados estiveram sempre a funcionar?
Nunca houve encerramento. Os consulados estão a dar resposta ao aumento da procura da nossa Comunidade na obtenção da nacionalidade portuguesa, seja da primeira, seja da segunda geração, no registo de casamentos para a obtenção, também, da nacionalidade, na transcrição de casamentos...
Casa roubada, trancas à porta...
​Precisamente. Há pessoas que estavam em condições de obter a nacionalidade portuguesa por via do casamento ou por via da descendência e não o faziam há uma série de anos, e agora, perante esta situação, as pessoas têm um real interesse em possuir a nacionalidade portuguesa.
Como é que a Comunidade se sente nesta altura?
​O sentimento é de enorme apreensão e preocupação, mas há também uma parte significativa da nossa Comunidade que está a viver as dificuldades do comum cidadão venezuelano, como o acesso a alimentos básicos, a cuidados de saúde primários e mesmo a medicamentos. Os centros de saúde e os hospitais estão a funcionar em condições muito más, a inflação é tremenda, isto para já não falar da insegurança.

 

Leia a entrebvista na íntegra no seu JM