A primeira colheita do vinho branco Terras de Boaventura Colheita Familiar 2017, obteve uma medalha de bronze no maior e mais prestigiado concurso internacional de vinhos, o IWC International Wine Challenge, que se realizou em Londres, no presente mês, tendo os resultados sido divulgados ontem.

VinhoMadeirense

O concurso de prova cega junta vinhos de mais de 40 países, dos cinco continentes, onde a Madeira, a sua Costa Norte, e em especial as Terras de Boaventura, estiveram representados.

"Se este reconhecimento ao mais alto nível já o era e é tido há muitos anos para com os nossos excelentes vinhos licorosos, os Madeira, também agora o foi ao vinho de mesa, sob a nossa marca, Terra Bona, Terras de Boaventura. Gostaríamos igualmente de partilhar este reconhecimento com o nosso antecessor, que fez plantar as nossas vinhas há mais de vinte anos, a escolha da casta e localização; com o profissional que nos acompanha desde o início deste projecto e que muito nos tem ajudado e formado, promovendo-se uma viticultura ambientalmente sustentável; bem como com o IVBAM, com um especial agradecimento a toda a equipa da Adega de São Vicente, liderada pelo enólogo João Pedro Machado", afirmou Marco Jardim..

De acordo com os responsáveis, o vinho nasceu de um pequeno sonho a construir em terras de Boa Ventura. Conhecido pelo Sitio do Cardo, em alusão à flor, a inspiração foi a Laurissilva, os seus cheiros e sons, com o mar bem perto. "A semente foi a uva e com a casta Arnsburger, desenvolvemos um vinho frutado, leve e elegante".

Arnsburger é uma variedade branca. Foi criado em 1939 por Heinrich Birk (1898-1973) no Instituto de Criação de Uvas Geisenheim, com origem na casta Riesling. Recebeu o nome da Abadia de Arnsburg, uma ruína de uma abadia cisterciense em Wetterau, como uma homenagem à importância dos cistercienses na história do vinho alemão. Além da Alemanha, são conhecidas pequenas plantações na Madeira, na Itália e na Nova Zelândia. Arnsburger tem um frutado semelhante ao Riesling.

“Vinho cristalino de coloração cítrica. Aroma complexo, onde as notas de fruta tropical sobressaem, sobre um fundo floral. Na boca, o vinho mostra-se fresco, envolvente e com uma interessante mineralidade. Agradável persistência”. É desta forma que o enólogo João Pedro Machado descreve o vinho medalhado em tão prestigiado concurso.

In «JM»