“O meu pai chegou à Venezuela em 1953. Gastou 80% do que ganhou para pagar os nosso estudos”

MadeirenseNomeadoUniversidade
O Conselho Superior da Universidade Metropolitana (Unimet), localizada no leste de Caracas, decidiu por unanimidade nomear Luis Miguel Da Gama como Presidente da instituição e do Conselho Superior da referida casa de estudos. O empresário, conhecido por dirigir a rede de supermercados de origem madeirense Excelsior Gama, assumiu o cargo na terça-feira, 3 de Julho, substituindo o engenheiro Hernán Anzola, Presidente da Unimet desde 2003.

Licenciado em Ciências Administrativas e Gestão, em 1985, com especialização em Direito Bancário e Financeiro, em 1988, Luis Miguel Da Gama obteve a primeira pós-graduação da Universidade Metropolitana e foi agora nomeado dirigente do mais alto cargo de gestão e representação da instituição.

O madeirense acumulou experiência em empresas financeiras durante os primeiros anos da sua carreira profissional. Em 1989, juntou-se à Excelsior Gama Supermercados, CA., onde desempenhou vários cargo dirigentes até atingir, em 2006, um lugar no conselho de administração.

Luis Miguel Da Gama também pertence aos órgãos de gestão de outras empresas e associações profissionais, sociais e comerciais. Em 2011, foi eleito membro do Conselho Superior da Universidade Metropolitana.

A universidade tem 48 anos e já formou mais de 25 mil alunos. Ao contrário de outros pólos universitários, a Unimet está actualmente na capacidade máxima, com 5.850 estudantes matriculados.

Luís Miguel é o quinto presidente ao longo desses 48 anos de história universitária; posição que ocuparam pessoas notáveis da sociedade venezuelana: Eugenio Mendoza, Machado Zuloaga, Julio Sosa e Hernán Anzola.

“O momento de retribuir”

Para Da Gama, liderar essa universidade é uma grande honra e representa “o momento de retribuir” tudo o que ele deve a essa universidade, já que estudou lá durante seis anos.

“O meu pai, natural do Caniço, chegou à Venezuela a 3 de Janeiro de 1953.

Com esforço e dedicação, gastou 80% do que ganhou para pagar os nossos estudos. Foi essa a sua convicção, assim como a de quase todos os emigrantes que chegaram aqui. Assim, estudei durante seis anos nesta universidade que agora vou presidir com grande orgulho “, expressou para o CORREIO da Venezuela.

“É hora de retribuir. A Universidade Metropolitana deu-me tudo, não apenas academicamente. Eu lembro-me quando faltavam duas semanas para a minha graduação, em Setembro de 1985: aproximei-me ao Doutor Julio Sosa Rodriguez, que na altura era o Presidente do Conselho, para lhe perguntar se conseguia ajudar-me a arranjar um trabalho; foi quando ele me disse para vir no dia seguinte e procurar o seu filho, Doutor Eduardo Sosa, no Banco Orinoco. Eles deram-me trabalho imediatamente”, recorda o emigrante madeirense.

“Fiquei por 5 anos neste grupo de prestígio que realizou a construção de vários edifícios da UNIMET, incluindo o actual: Don Eugenio Mendoza Goiticoa. No ano de 1985, conheci na Universidade uma pessoa muito especial que marcou a minha vida: a minha actual esposa com quem sou casado há 26 anos e com quem tive três filhos, Andrea, Luis Miguel e Diego.

Em 2011 fui seleccionado para ser membro do Conselho Superior e há duas semanas recebi um telefonema do Comitê de Nomeação para escolher o Presidente sucessor do Doutor Anzola “, descreveu a cronologia da sua vida profissional.

Cerca de 300 luso-descendentes passaram pela Unimet

Questionado sobre a presença de luso-descendentes na referida instituição de ensino superior, Da Gama afirma que historicamente a comunidade portuguesa tem marcado presença assídua entre os universitários.

“É uma universidade através da qual milhares de luso-descendentes, que actualmente residem em Portugal, adquiriram grande conhecimento. Na verdade, estamos construindo um banco de dados e descobrimos que cerca de 300 formandos na Unimet estão trabalhando e morando em Portugal “, explicou.

O Conselho Superior da Universidade Metropolitana (Unimet), localizada no leste de Caracas, decidiu por unanimidade nomear Luis Miguel Da Gama como Presidente da instituição e do Conselho Superior da referida casa de estudos. O empresário, conhecido por dirigir a rede de supermercados de origem madeirense Excelsior Gama, assumiu o cargo na terça-feira, 3 de Julho, substituindo o engenheiro Hernán Anzola, Presidente da Unimet desde 2003.

Licenciado em Ciências Administrativas e Gestão, em 1985, com especialização em Direito Bancário e Financeiro, em 1988, Luis Miguel Da Gama obteve a primeira pós-graduação da Universidade Metropolitana e foi agora nomeado dirigente do mais alto cargo de gestão e representação da instituição.

O madeirense acumulou experiência em empresas financeiras durante os primeiros anos da sua carreira profissional. Em 1989, juntou-se à Excelsior Gama Supermercados, CA., onde desempenhou vários cargo dirigentes até atingir, em 2006, um lugar no conselho de administração.

Luis Miguel Da Gama também pertence aos órgãos de gestão de outras empresas e associações profissionais, sociais e comerciais. Em 2011, foi eleito membro do Conselho Superior da Universidade Metropolitana.

A universidade tem 48 anos e já formou mais de 25 mil alunos. Ao contrário de outros pólos universitários, a Unimet está actualmente na capacidade máxima, com 5.850 estudantes matriculados.

Luís Miguel é o quinto presidente ao longo desses 48 anos de história universitária; posição que ocuparam pessoas notáveis da sociedade venezuelana: Eugenio Mendoza, Machado Zuloaga, Julio Sosa e Hernán Anzola.

“O momento de retribuir”

Para Da Gama, liderar essa universidade é uma grande honra e representa “o momento de retribuir” tudo o que ele deve a essa universidade, já que estudou lá durante seis anos.

“O meu pai, natural do Caniço, chegou à Venezuela a 3 de Janeiro de 1953. Com esforço e dedicação, gastou 80% do que ganhou para pagar os nossos estudos. Foi essa a sua convicção, assim como a de quase todos os emigrantes que chegaram aqui. Assim, estudei durante seis anos nesta universidade que agora vou presidir com grande orgulho “, expressou para o CORREIO da Venezuela.

“É hora de retribuir. A Universidade Metropolitana deu-me tudo, não apenas academicamente. Eu lembro-me quando faltavam duas semanas para a minha graduação, em Setembro de 1985: aproximei-me ao Doutor Julio Sosa Rodriguez, que na altura era o Presidente do Conselho, para lhe perguntar se conseguia ajudar-me a arranjar um trabalho; foi quando ele me disse para vir no dia seguinte e procurar o seu filho, Doutor Eduardo Sosa, no Banco Orinoco. Eles deram-me trabalho imediatamente”, recorda o emigrante madeirense.

“Fiquei por 5 anos neste grupo de prestígio que realizou a construção de vários edifícios da UNIMET, incluindo o actual: Don Eugenio Mendoza Goiticoa. No ano de 1985, conheci na Universidade uma pessoa muito especial que marcou a minha vida: a minha actual esposa com quem sou casado há 26 anos e com quem tive três filhos, Andrea, Luis Miguel e Diego. Em 2011 fui seleccionado para ser membro do Conselho Superior e há duas semanas recebi um telefonema do Comitê de Nomeação para escolher o Presidente sucessor do Doutor Anzola “, descreveu a cronologia da sua vida profissional.

Cerca de 300 luso-descendentes passaram pela Unimet

Questionado sobre a presença de luso-descendentes na referida instituição de ensino superior, Da Gama afirma que historicamente a comunidade portuguesa tem marcado presença assídua entre os universitários.

“É uma universidade através da qual milhares de luso-descendentes, que actualmente residem em Portugal, adquiriram grande conhecimento. Na verdade, estamos construindo um banco de dados e descobrimos que cerca de 300 formandos na Unimet estão trabalhando e morando em Portugal “, explicou.

“Estes são tempos de solidariedade: muitas pessoas precisam de nós”

Dada a responsabilidade que este cargo representa, Luis Miguel está ciente das responsabilidades, mas também dos desafios, num país mergulhado numa crise socio-económica profunda.

“Aprecio a compreensão e apoio do meu irmão Nelson Da Gama e nosso director comercial da Excelsior Gama, José Vicente Urdaneta, para eu assumir esta posição tão importante nesta situção que se vive na Venezuela. Estes são tempos de solidariedade. Muitas pessoas precisam de nós. Não podemos falhar a tantas pessoas, é hora de dar, e eu assumo essa posição para apoiar os estudantes que não conseguiram deixar a Venezuela nem estudar na Europa, nos Estados Unidos e em outros lugares. A educação é sempre a base do progresso, é por isso que também deve ser nossa responsabilidade “, argumentou.

In «Diário de Notícias da Madeira»